10 novembro 2010

Gravidez Precoce

A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.

A incidência de gravidez na adolescência está crescendo e, nos EUA, onde existem boas estatísticas, vê-se que de 1975 a 1989 a porcentagem dos nascimentos de adolescentes grávidas e solteiras aumentou 74,4%. Em 1990, os partos de mães adolescentes representaram 12,5% de todos os nascimentos no país. Lidando com esses números, estima-se que aos 20 anos, 40% das mulheres brancas e 64% de mulheres negras terão experimentado ao menos 1 gravidez nos EUA .

No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (Referência). A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.

A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de 1996, mostrou um dado alarmante; 14% das adolescentes já tinhas pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas grávidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.

Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP, quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores considerem a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual.

Ainda segundo essas autoras, o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam à essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência.

Falando de sexo com os filhos.

De onde vêm os bebês? é a pergunta fatídica capaz de deixar pai e mãe na maior saia justa. Mas não adianta mudar de assunto. Falar sobre sexo e sexualidade com os filhos é importantíssimo e não dá pra deixar pra depois.

Quando começar a conversa?
Não tem uma idade exata para falar sobre sexo. Depende dos estímulos visuais e auditivos aos quais a criança é exposta. Geralmente, a curiosidade para saber de onde vêm os bebês começa com a gravidez da mãe ou de outra pessoa próxima. Vale lembrar que as crianças abaixo de 6 anos não têm memória auditiva tão aguçada, então não dão tanta importância para a resposta. O que interessa para elas é matar a curiosidade ou chamar a atenção, explica a sexóloga e ginecologista Franciele Minotto.

O interesse chama
A hora certa pra falar sobre sexo é quando surge o interesse! E não tem idade pra isso. Primeiro devemos informá-los sobre os órgãos genitais, como funcionam, sobre a higiene, e sobre a diferença entre os gêneros masculino e feminino, dando exemplos do papai e mamãe, irmão e irmã, se for necessário, sugere a ginecologista.

E mesmo se não houver perguntas, a partir dos 10 anos, é legal introduzir o tema no papo em casa. É necessário que os pais insiram o assunto nas conversas com as crianças. Comentar sobre o que é o namoro e como acontece; que as pessoas beijam na boca, se abraçam, fazem carinho pelo corpo da outra. E que um belo dia poderão ficar nus e, se assim desejarem, o pênis do menino entrará na vagina da menina, aconselha Franciele.

Xô, mito!
Desconversar, mudar de assunto, não pronunciar a palavra em casa apenas mistifica o sexo e o coloca distante da vida da criança. Como há muito estímulo visual, algumas vezes é difícil esconder ou dissimular a palavra sexo. Isso é importante para não deixar o assunto como algo proibido ou mágico, alerta a sexóloga. E nada de ficar constrangida. Na hora de conversar, a naturalidade é importante para o entendimento da criança e facilita a percepção de que o sexo é uma prática constante da vida adulta.

A professora Joana E. Antunes, 32 anos, não sabia o que responder quando a filha de cinco anos fez a primeira pergunta embaraçosa. Um belo dia, a Thaís virou pra mim e perguntou: mãe, eu posso cruzar? Fiquei surpresa e sem saber o que dizer. Mas expliquei que só podemos fazer isso quando amamos alguém de verdade. Foi a única saída, ri a professora.

As metáforas
Não adianta usar palavras do diminutivo para se referir aos órgãos sexuais. Nada de pirulitinho e pererequinha. Falar o nome correto de ambos e até utilizar-se de espelho para identificar as estruturas é muitíssimo importante. Sexo não pode ser relegado eternamente ao felizes para sempre do conto de fadas, adverte.

Anote!
Dicas para não engasgar quando a conversa de sexo aparecer na hora do jantar:

- Trate o assunto com naturalidade e deixe claro que é uma prática comum da vida adulta;

- Vale perguntar o que a criança já sabe sobre o assunto, para especificar a dúvida;

- Não esconda que os pais praticam o sexo. Isso estimula os filhos a perceber a união do casal e a compreender que você precisa daquela horinha pra ficar a sós;

- Explique que o ato sexual é prazeroso, mas pode trazer transtornos sem algumas precauções: gravidez indesejada, doença sexualmente transmissível, etc;

- Tome cuidado com o contexto e as palavras usadas durante o diálogo para não associar o sexo a algo sujo ou feito apenas pelos maus

- É necessário começar a conversa enquanto as modificações puberais estão acontecendo. Deixar para falar depois da primeira menstruação, para as meninas, é tapar o sol com a peneira e pode ser tarde demais!

Camisinha Feminina

A camisinha feminina é uma "bolsa" feita de um plástico macio, o poliuretano, que é um material mais fino que o látex do preservativo masculino.
Essa bolsa recebe o líquido que o homem libera na relação sexual, impedindo o contato direto dos espermatozóides com o canal vaginal e com o colo do útero da mulher, evitando assim a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, a transmissão do HIV, e prevenindo a gravidez não planejada.
A bolsa tem 15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro, sendo, portanto, bem mais larga que o preservativo masculino. Tem, porém, maior lubrificação.
Na extremidade fechada existe um anel flexível e móvel que serve de guia para a colocação da camisinha no fundo do órgão genital feminino. A borda do outro extremo termina em outro anel flexível, que vai cobrir a vulva (parte externa da genitália).

Como Usar:

Para colocar a camisinha feminina encontre uma posição confortável.
Pode ser em pé com um pé em cima de uma cadeira; sentada com os joelhos afastados; agachada ou deitada.
Segure a camisinha com o anel externo pendurado para baixo;
Aperte o anel interno e introduza no órgão genital feminino ; com o dedo indicador, empurre a camisinha o mais fundo possível (a camisinha deve cobrir o colo do útero);
O anel externo deve ficar uns 3 cm para fora da órgão genital feminino - não estranhe, pois essa parte que fica para fora serve para aumentar a proteção (durante a penetração, órgão genital masculino e órgão genital feminino se alargam e e então a camisinha se ajusta melhor);
Até que você e o seu parceiro tenham segurança, guie o órgão genital masculino dele com a sua mão para dentro de seu órgão genital feminino.

Com o vaivém do órgão genital masculino, é normal que a camisinha se movimente.
Se você sentir que o anel externo está sendo puxado para dentro, segure-o ou coloque mais lubrificante; uma vez terminada a relação, retire a camisinha apertando o anel externo; torça a extremidade externa da bolsa para garantir a manutenção do esperma no interior da camisinha; puxe-a para fora delicadamente.
Cuidados necessários ao usar a camisinha feminina
Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o órgão genital masculino e o órgão genital feminino.
Transar uma única vez com cada camisinha feminina. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.
Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos.
Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.

Pilula do Dia Seguinte

E por falar em camisinha e segurança, vamos falar agora de um contraceptivo de emergência que deve ser usado quando um acidente acontece, como por exemplo a camisinha arrebentar justo no período em que a garota desconfia que está fértil. A pílula do dia seguinte! Trata-se de um método que só pode ser usado em casos excepcionais.

Camisinha não arrebenta todo santo mês, certo? E, se arrebenta, é porque o cara não está sabendo colocar, ou comprar.

Bem, voltando ao pronto-socorro esperto que é a pílula do dia seguinte: ela é bastante eficaz quando usada logo depois da transa perigosa para a gravidez.

Do mesmo modo que a pílula anticoncepcional, o uso dela precisa ser orientado pelo médico. Não use sem precisar, ou por pura neura. Para você ficar segura nesses momentos é bom poder contar com o ginecologista, não é? Portanto, antes de você começar sua vida sexual, é bom arrumar um.

Aqui terminamos o capítulo sobre os métodos contraceptivos. Agora você já tem as informações básicas necessárias para conversar com seu namorado ou com sua namorada sobre como evitar uma gravidez indesejada, e com o médico, para discutir com ele sobre o melhor método contraceptivo para você.

O que não pode é vacilar, ou seja, não usar método algum, pois sexo é para produzir alegria e não problema.

DIU

Agora vamos falar de um método contraceptivo que não interessa aos adolescentes, mas saber das coisas é bom. Você já ouviu falar do DIU? DIU é a sigla formada pelas iniciais de três palavras: Dispositivo Intra Uterino. Ele consiste de um objeto que é colocado pelo médico no interior do útero. Não é um método contraceptivo aconselhável nem para adolescentes, nem para mulheres que ainda não tiveram filhos.

Existem vários tipos de DIU e é o médico quem coloca, no próprio consultório e sem necessidade do uso de anestesia. Muitos ginecologistas preferem fazer a colocação do DIU nos dias em que a mulher está menstruada pois nesse período o colo do útero está mais aberto. Mas o que importa mesmo é que a mulher, se for usar esse método, procure um ginecologista de confiança e competente, pois colocar o DIU é coisa para especialista.

Depois de falarmos rapidamente sobre os métodos contraceptivos, já deu para você perceber que o melhor método na sua idade é borrachuda com espermicida. Por quê? Ora, porque além de proteger você de uma gravidez fora de hora, vai tornar o sexo mais seguro, com certeza.

Pulseirinha do Sexo

À primeira vista, uma pulseira colorida de plástico nos pulsos de crianças parece inocente. Mas na realidade elas são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao ato sexual completo.
As pulseiras podem facilmente confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares de jovens e adolescentes em várias escolas primárias e preparatórias no Reino Unido e custam apenas alguns centavos em qualquer banca de esquina.


Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico – preto, azul, vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourada – mostra até que ponto os jovens estão dispostos a ir, se proporcionar, desde dar um beijo até fazer sexo.
  • Amarela – um simples abraço
  • Rosa – mostrar o peito
  • Laranja – dentadinha de amor
  • Roxa – beijo com a língua – talvez sexo
  • Vermelha – dança erótica à curta distância
  • Verde – sexo oral a ser praticado pelo rapaz
  • Branca – a menina escolhe o que quiser
  • Azul – menina faz sexo oral
  • Preta – sexo com a menina na posição papai-mamãe
  • Dourada - todos os itens acima

Indice de gravidez na adolescência.

Cerca de 1,1 milhão de adolescentes engravidam por ano no Brasil e esse número continua crescendo. O índice de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no país, segundo o Ministério da Saúde.
Estudo da Organização Mundial da Saúde mostra que a incidência de recém-nascidos gerados por mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que o de mães adultas. A taxa de morte neonatal é três vezes maior. Esse são apenas alguns dos problemas da gestação na adolescência. Também há outra questão: as meninas que ficam grávidas acabam deixando de estudar para cuidar do bebê.

Numa tentativa de combater esse problema, nesta semana a Prefeitura de Porto Alegre deu início a um programa de combate à gravidez precoce. O método contraceptivo que será utilizado é o implante subcutâneo. Os anticoncepcionais estão sendo oferecidos a meninas carentes de 15 a 18 anos. Ao todo, 2,5 mil implantes foram doados por uma ONG para o programa.

Colocados sob a pele, os implantes impedem a gravidez durante três anos. As meninas que participam do programa precisam de autorização assinada pelos pais ou responsáveis. O implante foi desenvolvido por um laboratório holandês e, pela primeira vez, será usado em larga escala em saúde pública no Brasil. A coordenação do programa é da Prefeitura de Porto Alegre.

Além de diminuir os índices de gestação na adolescência, a proposta é desenvolver o vínculo das meninas com as unidades de saúde e orientar, acompanhar e fazer a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Consta no plano de trabalho do convênio que serão solicitados exames complementares neste primeiro momento.

Como funciona o implante?O implante é inserido debaixo da pele, na região do braço. Durante três anos, ele libera diariamente na corrente sangüínea as doses necessárias de hormônio para inibir a ovulação, evitando, assim, a gravidez.  A inserção é feita em alguns minutos pelo médico no consultório. Através de um aplicador, o implante é colocado na parte anterior do braço escolhido, cerca de seis a oito centímetros da dobra, com anestesia local.

Contraceptivos disponíveis na rede pública
Os métodos anticoncepcionais disponíveis nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) são a pílula comum, a minipílula (utilizada pelas mulheres durante a amamentação), a pílula de emergência (do dia seguinte), as injeções anticoncepcionais, as camisinhas masculina e feminina e o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Entre os métodos de contracepção definitivos, que eliminam as possibilidades de gravidez futura, estão as cirurgias, como a vasectomia (nos homens) e a laqueadura (ligadura de trompas nas mulheres), que são feitas após recomendação médica.

Em 2005, três milhões de mulheres receberam, por meio do SUS, quase 20 milhões de cartelas de pílulas anticoncepcionais. O governo gastou R$ 19.998.587,50 na compra desses medicamentos.

Aids

A sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus  da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.
Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la. 

Formas de Contágio
A Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.

Principais Sintomas da Aids
Como já dissemos, um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.

Formas de Prevenção
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.

Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

Você sabia?
Dia 1 de dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Pilulas Anticoncepcionais

Sem dúvida nenhuma, este é um dos métodos mais populares entre as garotas. Por quê? Porque ele tem fama de ser muito seguro. E é. Os métodos hormonais, entre eles as pílulas, evitam a ovulação. Eles são, inclusive, chamados de anovulatórios. E se a mulher não ovula, não tem como ocorrer uma gravidez.

Período fértil é o período em que ocorre a ovulação, ou seja, quando um dos ovários libera um óvulo maduro. E quando um espermatozóide fertiliza esse óvulo que foi liberado é que ocorre a gravidez.

Portanto, de novo: sem ovulação é impossível uma gravidez. Como é que age a pílula para que a ovulação não ocorra? Bem, durante o ciclo menstrual os hormônios sexuais agem de forma equilibrada, fazendo com que a cada 28 dias, mais ou menos, o organismo da mulher libere um óvulo maduro e, ao mesmo tempo, preparando o útero dela para receber esse óvulo fertilizado. A pílula é feita de hormônios sintéticos que, introduzidos no organismo, interferem nesse equilíbrio hormonal natural, e isso impede a ovulação.

A pílula apareceu na década de 60. Depois do entusiasmo inicial por parte das mulheres, que usando esse método ficavam mais livres para curtir o prazer sexual sem o risco de uma gravidez, os médicos perceberam que ela pode provocar uma série de efeitos colaterais. Por isso é tão importante que nenhuma mulher, principalmente adolescente, use qualquer método hormonal, inclusive a pílula, sem acompanhamento médico.

Desde as primeiras pílulas até as mais modernas muita coisa mudou. A dosagem dos hormônios diminuiu bastante, e isso diminui também o efeito dos hormônios sintéticos no organismo. Mas, mesmo assim, não é nada seguro usar pílulas ou qualquer outro método hormonal, como os injetáveis, por exemplo, sem uma avaliação médica.

Algumas mulheres não podem usar pílulas, outras não podem usar determinado tipo de pílula, enfim, farmácia não é supermercado pra você chegar e escolher o que vai comprar, e pílula é remédio!Usar qualquer remédio sem receita é muito perigoso para a sua saúde.

Alguns médicos acreditam que as adolescentes só devem usar um método hormonal depois de pelo menos quatro anos menstruando. Outros não concordam com essa restrição. Sim, a medicina não é uma ciência exata.

Portanto a melhor coisa a fazer, se você quer saber se pode usar um método hormonal, é conversar com seu ginecologista de confiança, fazer todas as perguntas que quer e eliminar todas as dúvidas que tem a esse respeito. E, depois disso, tomar sua decisão.

Sim, a decisão é sua e não do médico. Ele orienta, explica, aponta os benefícios e as desvantagens de cada método, mas a decisão é toda sua. Se uma hora ou outra pintar aquela vontade de tomar a mesma pílula que a amiga toma, lembre-se da responsabilidade que você tem com sua saúde!

Tabelinha

Ah, essa maldita tabelinha! Quase todo mundo pensa que sabe achar os dias férteis, e esse é um dos grandes problemas da tabelinha. Resultado? Confusão nas contas e confusão na vida, com filhos chegando fora de hora. Pela tabelinha a mulher calcula o provável (atenção: eu disse PROVÁVEL) período fértil e, não transando nesses dias, evita a gravidez. Parece bem simples, mas esse método desconsidera muitas coisas.

Primeiro: o corpo não funciona de maneira igual todo mês.

Segundo: existem mil fatores que podem alterar seu ciclo menstrual, de repente.

Terceiro: você pode não resistir e transar em dia fértil. Disciplina se consegue com o tempo, coisa que os jovens não costumam ter quando o assunto é sexo.